segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Darwin era criacionista

Não gosto daqueles que insistem em ver em Darwin uma base segura contra tudo o que está na Biblia. O mesmo serve para Galileu, que merece um outro post. Na verdade, o pensamento cristão é dos fundamentos da teoria de Darwin.

Darwin acreditava, como bom criacionista, que Deus havia criado os animais da forma em que eles existem atualmente. Portanto, não poderia aceitar a teoria de Lamarck, segundo a qual a necessidade havia obrigado os animais a mudanças morfológicas, as quais haviam sido transmitidas a seus descendentes.

Além disso, o pensamento de Darwin se fundamentava em suas mudanças fundamentais na Biologia do século XIX em relação aos anos anteriores. Com Pasteur, foi provado que um ser vivo só poderia nascer de outro ser vivo semelhante. Com Cuvier, provou-se que as espécies não se transformam em outras por alterações morfológicas. Ambas as teses eram basicamente criacionistas.

Ao afirmar que os seres vivos foram criados iguais em todo o mundo, mas que apenas os mais adaptados sobreviveram às condições de cada ambiente, Darwin não fez nada mais do que afirmar o que dizia a fé cristã naquele momento. Contudo, a reação cristã à tese, como a inclusão no Syllabus das teses condenadas pelo Papa Pio IX, levou o darwinismo ao colo dos não-cristãos.

A principal contestação ao darwinismo dentro da Biologia, atualmente, não é o criacionismo e não tem fundamento cristão. Trata-se da teoria de Lovelock, segundo a qual a Terra é um organismo vivo, e entre os diversos seres vivos existe uma relação de colaboração similar à existente entre os órgãos no corpo humano. Lovelock baseou sua teoria no mito pagão da deusa Gaia, grega, que seria a mãe de todos os viventes.

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