sexta-feira, 29 de maio de 2009

Technorati

Caros, este blog agora passa a fazer parte da base de dados do Technorati.

Relação entre católicos e ortodoxos russos

Na semana de oração pela unidade dos cristãos, vale destacar esta notícia da agência Zenit:

“Percebe-se um progresso nas relações da Igreja Ortodoxa com a Igreja Católica na Rússia. Nem tudo está resolvido, mas me parece que nos compreendemos melhor agora que antes”. Foi o que afirmou na Universidade de Navarra Igor Vyzhanov, secretário de Relações Internacionais do Patriarcado de Moscou.

À sua conferência, titulada “Relações entre a Igreja Ortodoxa Russa e a Igreja Católica: situação atual”, realizada na Faculdade de Teologia, também assistiram Alfredo López Vallejos, delegado diocesano de Ecumenismo; e Luis Oroz, vigário geral da diocese de Pamplona, informa a Zenit a Universidade de Navarra. 

Igor Vyzhanov comentou que “existe colaboração entre católicos e ortodoxos russos”, uma vez que exortou a falar com a mesma voz cristã: “São muitas as possibilidades e assuntos que podemos tratar, como a família, o aborto, o matrimônio..., tudo o que toca a vida humana”. Entre as responsabilidades comuns de católicos e ortodoxos para revitalizar as raízes cristãs da Europa, destacou que a tarefa principal é “pregar Jesus Cristo”. 

Os desafios evangelizadores da Igreja Ortodoxa Russa são amplos. “A Rússia se recupera de seus anos de ateísmo oficial. Temos de evangelizar nossa gente, o que não exclui a necessidade de fazê-lo a nível europeu ou mundial”; e “devemos fazê-lo junto com a Igreja Católica”. 

Desta forma, acrescentou que “o povo russo não perdeu a fé. O regime comunista tentou tirar a fé do povo sem conseguir”. Também explicou que, nos anos de comunismo, “a fé estava oculta, não morta; e depois das mudanças em nosso país (perestroika), muitas pessoas se converteram à fé”. 

A seu juízo, o principal desafio da Igreja Ortodoxa na Rússia é “fazer que a fé das pessoas seja mais profunda”. 

Para conseguir esse aprofundamento, assinalou passos concretos: “catequese nas escolas, atividade dos capelães no exército e nas prisões, estabelecer bons centros de educação superior, trabalhar com os jovens... Nesta atividade social, podemos seguir em muitos aspectos o exemplo e experiência da Igreja Católica”. Por isso, “vejo um grande futuro em nossa colaboração”, concluiu o arcipreste Igor Vyzhanov.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Até tu, Voltaire

Do blog de Felipe de Aquino:

"Eu, o que escreve, declaro que havendo sofrido um vômito de sangue faz quatro dias, na idade de oitenta e quatro anos e não havendo podido ir à igreja, o pároco de São Suplício quis de bom grado me enviar a M. Gautier, sacerdote. Eu me confessei com ele, se Deus me perdoava, morro na santa religião católica em que nasci esperando a misericórdia divina que se dignará a perdoar todas minhas faltas, e que se tenho escandalizado a Igreja, peço perdão a Deus e a ela.
Assinado: Voltaire, 2 de março de 1778 na casa do marqués de Villete, na presença do senhor abade Mignot, meu sobrinho e do senhor marqués de Villevielle. Meu amigo".

Até o último minuto, sempre há uma chance. Até para Voltaire.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Íntegra do Estatuto do Nascituro

Quem conhecer ver na fonte o projeto de lei 478/2007, que pretende criar o Estatuto do Nascituro, pode conferir este link.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Você já ouviu falar do Estatuto do Nascituro?

Está em discussão na Câmara dos Deputados o projeto de lei 478/2007, que, se aprovado, criará o Estatuto do Nascituro. Este projeto, de autoria dos deputados Luís Bassuma (PT-BA) e Miguel Martini (PHS-MG), dará base legal ao direito à vida de fetos e embriões, e criminalizará de forma mais efetiva o aborto, a divulgação de substâncias abortivas e o congelamento de embriões. 
O projeto está parado na Comissão de Seguridade Social e Família, mas tem outros três projetos apensados:
  • O PL 489/2007, do deputado Odair Cunha (PT-MG), similar ao texto original
  • O PL 1.763/2007, do deputado Jusmari Oliveira (PR-BA), que dispõe sobre a assistência à mãe e ao filho gerado em decorrência de estupro
  • O PL 3.748/2008, da deputada Sueli Vidigal (PDT-ES), que permite o pagamento de pensão pública à mãe de criança nascida em decorrência de estupro
Da forma como está redigido, o projeto de lei com certeza gerará disputas judiciais se aprovado, já que entra em conflito com a lei de biossegurança.
Este blogueiro se compromete a entrar em contato com alguns dos deputados listados acima, para levantar mais informações a respeito deste projeto.

A Igreja na internet

O papa está no Facebook e no Youtube. É só conferir

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Zé Rodrix se foi

Zé Rodrix, um dos criadores do rock rural, deixou este mundo nesta madrugada. Em homenagem a ele, Sobradinho:



quinta-feira, 21 de maio de 2009

Festa do Divino

Hoje é dia da Ascenção do Senhor - embora no Brasil esta festa seja comemorada no domingo. Em alguns lugares do país, hoje começa a Festa do Divino Espírito Santo. Por isso eu aproveito para fazer menção à história de festa, citando o texto disponível no site da Festa de Mogi das Cruzes:

O culto do Espírito Santo, de acordo com o historiador português Moisés do Espírito Santo, tem origem na Antigüidade. Entre os israelitas, a Festa de Pentecostes era celebrada cinqüenta dias (sete semanas) depois da Páscoa, sendo uma das quatro festas importantes do calendário judaico: Páscoa, Omar, Pentecostes e Colheitas.
Ela era conhecida, ainda, com nomes diferentes: das Ceifas, das Semanas, do Dom da Lei, e outros, tendo sido, primitivamente, uma festa agrária dos cananeus.
Entre os hebreus, o termo shabüoth faz referência à festa que começa cinqüenta dias depois da Páscoa e marca o fim da colheita do trigo. “A Festa do Divino é um eco das remotas festividades das colheitas”.
Já o culto ao Espírito Santo, sob a forma de festividade, no sentido que iria adquirir mais tarde, se cristaliza no início da Baixa Idade Média, na Itália, com um contemporâneo de São Francisco de Assis, o abade Joachim de Fiori (morto em 1202), que ensinava que a última fase da história seria a do Espírito Santo. Suas idéias chegaram a Alemanha e espalharam-se pela Europa.
Em Portugal, no séc. XIV, a festa do Divino já se encontrava incorporada à Igreja, como festividade religiosa. A responsável por essa institucionalização da festa em solo português foi a rainha D. Isabel, esposa do Rei D. Diniz (1.279 - 1.325), canonizada como Santa Isabel de Portugal, que mandou construir a Igreja do Espírito Santo, em Alenquer. Em solo português, ela seria fortemente marcada por influências de tradições judaicas, muitas das quais chegaram até nós.
Com o início da colonização, ela foi introduzida no Brasil, provavelmente desde o século XVII. A figura do Imperador do Divino - criança ou adulto – era o escolhido para presidir a festa. Aqui ela sempre foi uma festa de caráter popular, não figurando entre as quatro festas oficiais celebradas por ordem da Coroa, no período colonial. Mas seu prestígio no início do século XIX era tanto, que em 1822, segundo Luís da Câmara Cascudo, o ministro José Bonifácio escolheu para Pedro I o título de Imperador, em vez de Rei, porque era muito grande a popularidade do Imperador do Divino. Em certas cidades ou vilas do interior, o Imperador do Divino, com sua corte solene, dava audiência no Império, com as reverências privativas de um soberano.

domingo, 17 de maio de 2009

O novo perfil religioso dos EUA

O Trinity College divulgou (e o blog do Pedro Dória colocou em seu site), uma pesquisa sobre o perfil religioso dos Estados Unidos. Analisando o relatório da pesquisa, algumas informações saltam à vista:
  • Houve uma forte queda na quantidade de cristãos nos anos 1990. Contudo, entre 2000 e 2008 isto se estabilizou, com os cristãos oscilando de 76,7% para 76%
  • As denominações protestantes tradicionais (presbiterianos, episcopais e luteranos) perderam espaço para novas denominações protestantes. Os tradicionais caíram de 17,2% para 12,9%, e os novos cresceram de 10,8% para 14,2%
  • Os católicos são o maior grupo cristão individualmente, com 25,1% dos norte-americanos. Destes, mais de 50% são hispânicos
  • Apesar de estarem no centro do debate nacional após o 11 de setembro, os muçulmanos pouco oscilaram, de 0,5% para 0,6%. Contudo, são a religião mais jovem nos Estados Unidos, com 42% de seus membros entre 18 e 29 anos, e 45% entre 30 e 49 anos. Os batistas, por sua vez, são os mais velhos, com 18% acima dos 70 anos
  • Os sem religião somam 15% do país. No entanto, 0,7% se dizem ateus e 0,9% agnósticos, apesar de 2,3% acreditarem que Deus não existe, 4,3% não saberem se Deus existe e 5,7% não se importarem com Ele
  • Para cerca de 30% a religião está fazendo pouco sentido: 26% dos americanos não receberam nenhuma forma de iniciação religiosa (batismo ou bar-mitzva, por exemplo); 30% não fizeram casamento religioso; e 27% não esperam por um funeral religioso
  • As religiões com maior concentração de pessoas com nível superior são as orientais (59%), seguida dos judeus, que fazem jus à sua tradição intelectual, com 57% do total
O estudo permite apontar que os Estados Unidos de hoje estão mais secularizados que outrora. Contudo, na última década as pessoas não abandonaram a religião, mas trocaram denominações tradicionais por outras mais modernas.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Um debate interessante sobre aquecimento global

Recomendo a quem interessar possa o debate convocado pelo meu amigo virtual Marcelo, também conhecido por Darwinista, em seu blog. Ele está convocando as pessoas para um debate sobre o aquecimento global baseado não em achismos, mas em artigos científicos ou pesquisas realizadas por centros de referência reconhecidos.

A idéia dele é evitar que as pessoas ganhem o debate com frases do tipo "um vulcão emite mais CO2 que o homem é capaz por décadas". Se quiser isso, diga: quem foi lá contar o CO2 emitido pelo vulcão? Qual vulcão é esse? Sua emissão é superior a quantos homens, de que tipo? A emissão foi comparada com uma siderúrgica, por exemplo? Não dá para basear o debate em generalidades.

Eu entrarei, à distância, citando não um artigo científico. Citarei os bispos latinoamericanos, em seu Documento de Aparecida, aprovado e divulgado em 2007: 

"Junto com os povos originários da América, louvamos ao Senhor que criou o universo como espaço para a vida e a convivência de todos seus filhos e filhas e no-los deixou como sinal de sua bondade e de sua beleza. A criação também é manifestação do amor providente de Deus; foi-nos entregue para que cuidemos dela e a transformemos em fonte de vida digna para todos. Ainda que hoje se tenha generalizado uma maior valorização da natureza, percebemos claramente de quantas maneiras o homem ameaça e inclusive destrói seu ‘habitat’. “Nossa irmã a mãe terra” é nossa casa comum e o lugar da aliança de Deus com os seres humanos e com toda a criação. Desatender as mútuas relações e o equilíbrio que o próprio Deus estabeleceu entre as realidades criadas, é uma ofensa ao Criador, um atentado contra a biodiversidade e, definitivamente, contra a vida. O discípulo missionário, a quem Deus encarregou a criação, deve contemplá-la, cuidar dela e utiliza-la, respeitando sempre a ordem dada pelo Criador.

A melhor forma de respeitar a natureza é promover uma ecologia humana aberta à transcendência que, respeitando a pessoa e a família, os ambientes e as cidades, segue a indicação paulina de recapitular as coisas em Cristo e de louvar com Ele ao Pai (cf. 1  Cor 3,21-23). O Senhor entregou o mundo para todos, para os das gerações presentes e futuras. O destino universal dos bens exige a solidariedade com a geração presente e as futuras. Visto que os recursos são cada vez mais limitados, seu uso deve estar regulado segundo um princípio de justiça distributiva, respeitando o desenvolvimento sustentável." (Documento de Aparecida, pontos 125 e 126)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O Papa no Oriente Médio

Agora que acabou gostaria de fazer um rápido balanço da visita do Papa ao Oriente Médio. Alguns pontos de atenção:
  • A Visita gerou dividendos importantes para os cristãos do Oriente Médio, ao fortalecer laços com lideranças muçulmanas e judaicas, inclusive no diálogo teológico
  • Considerando que a maioria dos cristãos da Terra Santa são de origem árabe, de certa forma a agenda de Bento XVI pode ajudar a melhorar a situação dos árabes israelenses e palestinos. Hoje os postos de inspeção de israel dificultam o trabalho de sacerdotes que deslocam entre Israel e a Palestina
  • Houve um esforço para gerar confusão com as palavras do Papa. Não tem como negar: Bento XVI condenou frontalmente o antissemitismo e o Holocausto
  • O diálogo com o rabinato pode possibilitar mudanças na forma como Pio XII é percebido na comunidade judaica. O Papa se comprometeu a abrir os arquivos relativos ao período da Segunda Guerra para pesquisadores judeus
  • Quanto à comunidade Palestina, o Papa defendeu de forma definitiva a necessidade de se chegar à paz e de assegurar aos palestinos um estado independente
  • Por fim, a visita busca fortalecer a posição dos cristãos orientais, perseguidos tanto dentro de Israel quanto nos países árabes

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Ásia e África ordenam mais padres

Da agência Zenit:

O número de sacerdotes diocesanos evoluiu de maneira divergente ao de sacerdotes religiosos nos últimos anos, crescendo o primeiro e diminuindo o segundo. Este é um dos dados que se desprende do Annuarium Statisticum Ecclesiae, publicado nestes dias, segundo informa nesta quinta-feira a edição diária italiana de L'Osservatore Romano.

O Anuário, preparado pelo Escritório Central de Estatística da Santa Sé e editado pela Livraria Editora Vaticana, oferece dados estatísticos e gráficos que mostram os principais indicadores sobre a ação da Igreja nos cinco continentes no período 2000-2007.

O total de sacerdotes diocesanos no mundo cresceu 2,5% – passando de 265.781, em 2000, a 272.431, em 2007 – e o de sacerdotes religiosos diminuiu 2,73%, chegando a algo mais de 135 mil em 2007.

Com relação à diminuição de sacerdotes religiosos, o informe destaca a diminuição, além da Europa e na Oceania, no continente americano, onde passaram, de 45 mil em 2000, a menos de 42 mil em 2007.

Em termos percentuais, os sacerdotes só estão claramente em declive na Europa, onde em sete anos passaram de representar 51% do total mundial a menos de 48%.

Não obstante, existe um forte impulso em alguns países da Europa do Leste, sobretudo na Polônia.

Itália, França e Espanha representam ainda, apesar da diminuição, quase a metade dos sacerdotes europeus; e destes, quase a metade é só da Itália.

Continua aumentando o número de sacerdotes na Ásia e na África. Na África, quase a metade provém de quatro países: República Democrática do Congo (que em 2007 acolhia 16% dos sacerdotes africanos), Nigéria, Tanzânia e Uganda.

América e Oceania tendem a manter estável sua cota de sacerdotes. Os da América representam pouco menos de 30% de sacerdotes de todo o mundo e os da Oceania, pouco mais de 1%.

O Anuário Estatístico da Igreja 2007 mostra uma «significativa e esperançosa dinâmica evolutiva» do número de diáconos permanentes que, segundo o jornal vaticano, de 2000 a 2007, aumentou em 29% e subiu para 35.942.

Com relação aos religiosos professos não-sacerdotes, o estudo reflete uma diminuição de 55.057, em 2000, a 54.956, em 2007.

Por continentes, diminuiu o número de religiosos na Europa (13,82% em 7 anos) e na Oceania (15,8%), manteve-se na América e aumentou na Ásia (31,1%) e na África (9,16%).

De qualquer forma, os religiosos da Europa representam ainda 34% dos de todo o mundo. Concretamente, o estudo destaca uma tendência positiva na Ucrânia, Romênia, Hungria e Áustria.

O número de religiosas diminuiu de 800 mil a 750 mil em oito anos. Quase 42% delas residem na Europa e 60% destas, na França, Espanha e Itália.

Contudo, em termos evolutivos, é na Ásia e na África onde mais aumentou o número de religiosas de 2000 a 2007

Com relação aos seminaristas, o aumento de 4,83% de 2000 a 2007, passando de 110.583 a 116 mil, é atribuível também à África e à Ásia, com um ritmo de crescimento de 21,32% e 20,35%, respectivamente.

Destaca-se o número de seminaristas na Nigéria, República do Congo, Índia e Filipinas.

Pelo contrário, o número de candidatos ao sacerdócio na Europa diminuiu 17% de 2000 a 2007. Destaca-se a diminuição de seminaristas na Espanha e na Bélgica, mas também na Europa Oriental (Hungria, Lituânia, Romênia e Eslovênia).

Por isso, os sacerdotes europeus passaram de representar 24% de sacerdotes do mundo, em 2000, a pouco mais de 19%, em 2007.

O número de católicos batizados se mantém estável no mundo, em torno de 17,3% da população. Em 2007, havia 1.147 bilhão de católicos, frente a 1.045 bilhão de 2000.

A Europa acolhe quase 25% da comunidade católica mundial, mas aparece como a área menos dinâmica, com um crescimento do número de fiéis levemente superior a 1%; 40% da população da Europa é católica batizada, ainda que em alguns países como Itália, Malta, Polônia e Espanha, os batizados superem 93% da população residente.

De 2000 a 2007, os fiéis batizados na América e na Oceania cresceram menos que a população (9,5% e 10,1%, respectivamente), mas não é assim na Ásia e menos na África.