quinta-feira, 23 de julho de 2009

Chesterton poderá ser beato

Da agência Zenit:

Gilbert Keith Chesterton, o escritor inglês inventor da figura do célebre padre-investigador Pe. Brown, e e autor de numerosos textos de narrativa e ensaios apologéticos, poderá ser beato.

Para entender um pouco da verve da Chesterton, vale ler este pequeno texto (versão completa aqui):

Eu gosto demais de teatro para me tornar um crítico teatral; e acho que nessa questão, estou junto das pessoas que nunca abrem a boca. Se alguém quer saber o que é a democracia política, a resposta é simples; é uma tentativa desesperada e quase impraticável de chegar às opiniões das melhores pessoas – isto é, das pessoas que não confiam em si mesmas. Um homem pode subir a qualquer posto em uma oligarquia. Mas a oligarquia é simplesmente a premiação da impudência. Uma oligarquia diz que o vitorioso pode ser qualquer tipo de homem, contanto que não seja um homem humilde.
Um homem em um estado oligárquico (como o nosso) pode ficar famoso por ter dinheiro, ou por ter um bom olho para cores, ou por ter sucesso social, financeiro ou militar. Mas não pode ficar famoso por ser humilde, como os grandes santos.
Consequentemente, todos os homens simples e hesitantes são mantidos completamente fora da corrida; e os cafajestes representam o homem comum, embora na verdade sejam uma minoria entre os homens comuns. Assim é, especialmente, com o teatro. É completamente falso dizer que o povo não gosta de Shakespeare. A parte do povo que não gosta de Shakespeare é simplesmente a parcela do povo que se despopularizou. Se uma certa multidão de cockneys fica entediada com “Hamlet”, os cockneys não estão entediados por que são complexos e engenhosos demais para “Hamlet”. Eles sentem que aquela excitação das tavernas, do ringue de apostas, do jornal barato, do teatro de variedades local, é mais complexa e engenhosa do que “Hamlet”; e é mesmo.

Mais sobre Chesterton, veja na wikipedia.

3 comentários:

  1. Paulo: recebi um e-mail com um texto atribuído a você, que segue abaixo. Também tenho um blog e gostaria de publicar essa nota. Como entrei no seu blog e não encontrei a nota, gostaria de confirmá-la com você.

    Edmilson Siqueira (www.edmilsonsiqueira.com.br)
    Campinas - SP

    Segue o texto:
    Paulo Roberto Silva 7/28/2009 - 13h34
    A estrutura de 15 jornalistas para apoiar Sarney foi montada num shopping center do Lago Norte, a 10km do Senado. O objetivo principal é vencer a guerra de informação. Para isso, os jornalistas, a maioria recém-formada, abastecem endereços eletrônicos com opiniões favoráveis ao parlamentar. Blogs de jornalistas políticos e redes sociais como Twitter e Orkut são os alvos. A orientação é publicar comentários positivos a respeito do político e questionar a isenção dos veículos de imprensa que denunciam a família Sarney. A tática é usar nomes falsos para participar do debate, de preferência comuns, como “Maria Mercedes” e “Raimundo Nonato”.
    Contratados inicialmente até novembro, os jornalistas do bunker trabalham todos os dias, até mesmo nos fins de semana. O pagamento pela tarefa, segundo um dos contratados, será feito em dinheiro vivo, forma encontrada para não deixar rastros diretos do vínculo com o presidente do Senado.

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  2. Ed e outros que tenham a mesma dúvida: este texto não é meu. Eu coloquei-o como comentário no blog do PD, mas é um trecho de uma reportagem do Correio Brasiliense.

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  3. Considerando o pessoal que frequenta o blog do PD esse título tem tudo para arrepiar os mais sensíveis.

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