À sua conferência, titulada “Relações entre a Igreja Ortodoxa Russa e a Igreja Católica: situação atual”, realizada na Faculdade de Teologia, também assistiram Alfredo López Vallejos, delegado diocesano de Ecumenismo; e Luis Oroz, vigário geral da diocese de Pamplona, informa a Zenit a Universidade de Navarra.
Igor Vyzhanov comentou que “existe colaboração entre católicos e ortodoxos russos”, uma vez que exortou a falar com a mesma voz cristã: “São muitas as possibilidades e assuntos que podemos tratar, como a família, o aborto, o matrimônio..., tudo o que toca a vida humana”. Entre as responsabilidades comuns de católicos e ortodoxos para revitalizar as raízes cristãs da Europa, destacou que a tarefa principal é “pregar Jesus Cristo”.
Os desafios evangelizadores da Igreja Ortodoxa Russa são amplos. “A Rússia se recupera de seus anos de ateísmo oficial. Temos de evangelizar nossa gente, o que não exclui a necessidade de fazê-lo a nível europeu ou mundial”; e “devemos fazê-lo junto com a Igreja Católica”.
Desta forma, acrescentou que “o povo russo não perdeu a fé. O regime comunista tentou tirar a fé do povo sem conseguir”. Também explicou que, nos anos de comunismo, “a fé estava oculta, não morta; e depois das mudanças em nosso país (perestroika), muitas pessoas se converteram à fé”.
A seu juízo, o principal desafio da Igreja Ortodoxa na Rússia é “fazer que a fé das pessoas seja mais profunda”.
Para conseguir esse aprofundamento, assinalou passos concretos: “catequese nas escolas, atividade dos capelães no exército e nas prisões, estabelecer bons centros de educação superior, trabalhar com os jovens... Nesta atividade social, podemos seguir em muitos aspectos o exemplo e experiência da Igreja Católica”. Por isso, “vejo um grande futuro em nossa colaboração”, concluiu o arcipreste Igor Vyzhanov.
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